Primeiro domingo, muito sol. Muito propício para dar uma volta!
Tento achar uns aventureiros para a empreitada, Kani (Coréia) e a Cassi topam o esquema. Aqui no instituto é possível pegar emprestado bicicletas por tempo indeterminado, e é a melhor escolha para conhecer o lugar. Armados com o mapa, casacos e bicicletas, partimos. O destino era um templo que podíamos ver do refeitório, longe nas montanhas. Segundo nossos cálculos (falhos) não deveria ficar mais de uma hora de bicicleta. O interessante das ruas do Japão são ainda mais apertadas do que parecem quando se ve nos Dorama (Novela) e Anime. Claro, existem largas avenidas, mas quando entra no ku (区, o bairro, lembra?) a coisa muda de figura. O espaço é para um carro e uma bicicleta. E olhe lá. E também não tem calçada. As casas não costumam ter pátio, acho que só as mais ricas tem. Algumas vezes, o ar é de beco mesmo! Principalmente à noite, porque aparentemente a iluminação é responsabilidade do dono do terreno da frente, ou seja, quase não tem iluminação pública nos bairros. Ah, não se deve esquecer que o Japão é mão inglesa, aqui se dirige do lado errado da rua. Quase fui atropelado umas quantas vezes por que simplesmente olhei para o lado errado da rua! Pelo menos tem bastante auxílio no trânsito, cheio de placas e espelhos. Nos primeiros dias eu nem tava olhando muito as placas, principalmente por que de bicicleta não dá muito tempo pra ler kanji. =) A maior parte das cidades do Japão são planas, e creio que isso seja um dos motivos do povo daqui adorar andar de bicicleta. Na verdade, tem mais acidente de bicicleta do que de carro. Eu realmente não sei como o trânsito daqui dá certo! Enfim, continuamos o passeio. Muitas casas daqui seguem o estilo arquitetônico tradicional, então a gente se confundia com o que era casa particular e o que era templo (ou santuário). Independente disso, as fotos foram tiradas! =) Várias quadras depois, perdemos o templo de vista. Continuamos seguindo na direção que a gente achava que era, até encontrarmos uma subida. Ou melhor, uma baita ladeira. Não deu pra vence-la de bicicleta! O bom é que logo que começamos a subir já visualizamos o templo novamente e vimos que estavamos no rumo certo. Para nossa surpresa, encontramos outro templo no meio do caminho. Nada melhor para podermos fazer uma pausa pra recuperar o fôlego! Era o Choukeiji (長慶寺), algo como Templo do Longo Júbilo. O lugar não era o que se pode chamar de turístico, não havia quase ninguém lá, foi bem legal para tirar fotos. Além dos diversos prédios com arquitetura nipônica, havia um belo jardim tradicional, além de um cemitério. Não se esqueçam que os templos (e santuários) aqui são funcionais, como as igrejas. Lógico que os maiores atraem turistas por sua beleza ou qualquer outra coisa, mas a maior parte tem o seu dia a dia repleto de orações etc. Quando estavamos nesse, havia uma família prestando homenagens aos seus mortos, um tiozinho fazendo cooper, e mais dois que pareciam turistas também, embora fossem japoneses (talvez de outra cidade). Muitas fotos e o fim do espaço do cartão de memória e seguimos para o nosso destino final, o templo na montanha. Levou algum tempo, mas chegamos. Era cerca de 16h30, e aqui no Japão começa a escurecer cedo, perto das 17h15. Ao entrarmos no lugar, um senhor (em seus mais 70 verões, pelo menos) nos interpela, com cara de preocupado. Provavelmente porque viu minha cara de gringo. Falou num japonês tosco, tosco, talvez pra facilitar o meu entendimento. O que era ruim não era as palavras, mas o jeito de falar característico dos mais idosos. Mas ele abriu bem os olhos quando ouviu eu falar em nihongo, acho que ele não esperava! Principalmente porque ele viu a Cassi, que é nikkei, e pensou que ela fosse japonesa (como sempre acontece) e devesse ser quem falava japonês. A negociação demorou uns 15 minutos, e uns 4 ou 5 funcionários. Falaram que um falava inglês. Acho que ele só sabia "The book is on the table" e nunca tinha visto um estrangeiro antes. Não sei quem tava mais nervoso com o breve constrangimento linguístico, se eu ou ele. Mas finalmente descobrimos que o lugar NÃO era um templo, e sim a central de uma empresa que administra templos. E não era um lugar visitável. Alguns agradecimentos e tomamos o nosso caminho de volta. Surpreendentemente, foi muito mais rápido do que pensávamos, pois desta vez fomos pelas ruas principais (ao invés dos becos, que na maior parte a gente nem podia entrar de bike, mas só fui descobrir isso tempos depois) e, como tudo que sobe, desce, o caminho foi mais fácil. De volta "para Casa", em tempo para a janta, foi hora de exibirmos a aventura para os colegas que recusaram. =)
Dia 08 (18/01) – Primeiro dia de Aula
Dia 09 (19/01) – Aula e Wadaiko
Dia 10 (20/01) – Aula
Dia 11 (21/01) – Aula, Aikido e Aniversário
Dia 12 (22/01) – Aula e Kabuki
Dia 13 (23/01) – Home Visit
Dia 14 (24/01) – Omochitsuki e Tameshigiri
Dia 15 (25/01) – Aula
Dia 16 (26/01) – Aula
Dia 17 (27/01) – Tóquio 1/3 – Asakusa e Torre de Tóquio
Dia 18 (28/01) – Tóquio 2/3 – Andanças
Dia 19 (29/01) – Tóquio 3/3 – Panasonic e Odaiba
Dia 20 (30/01) - Ida ao Castelo de Osaka, Templo do Shitennoji (entre outros)
Dia 21 (31/01) - Festa de Intercâmbio Internacional
Dia 23 (01/02) - Indiada
Dia 24 (02/02) - Entrevistas
Dia 25 (03/02) - Aula
Dia 26 (04/02) - Visita a Escola Primária
Dia 27 (05/02) - Quioto 1/2 - Kiyomizudera e Kinkakuji
Dia 28 (06/02) - Quioto 2/2 - Nishi e Higashi-Honganji, Sanjuusangen-dou e Fushimi Inari-Taisha
Dia 29 (07/02) - Descanso
Dia 30 (08/02) - Aula com os universitários Japa e festa
Dia 31 (09/02) - Entrevista com os universitários
Dia 32 (10/02) - Aula
Dia 33 (11/02) - Feriado
Dia 34 (12/02) - Aula
Dia 10 (20/01) – Aula
Dia 11 (21/01) – Aula, Aikido e Aniversário
Dia 12 (22/01) – Aula e Kabuki
Dia 13 (23/01) – Home Visit
Dia 14 (24/01) – Omochitsuki e Tameshigiri
Dia 15 (25/01) – Aula
Dia 16 (26/01) – Aula
Dia 17 (27/01) – Tóquio 1/3 – Asakusa e Torre de Tóquio
Dia 18 (28/01) – Tóquio 2/3 – Andanças
Dia 19 (29/01) – Tóquio 3/3 – Panasonic e Odaiba
Dia 20 (30/01) - Ida ao Castelo de Osaka, Templo do Shitennoji (entre outros)
Dia 21 (31/01) - Festa de Intercâmbio Internacional
Dia 23 (01/02) - Indiada
Dia 24 (02/02) - Entrevistas
Dia 25 (03/02) - Aula
Dia 26 (04/02) - Visita a Escola Primária
Dia 27 (05/02) - Quioto 1/2 - Kiyomizudera e Kinkakuji
Dia 28 (06/02) - Quioto 2/2 - Nishi e Higashi-Honganji, Sanjuusangen-dou e Fushimi Inari-Taisha
Dia 29 (07/02) - Descanso
Dia 30 (08/02) - Aula com os universitários Japa e festa
Dia 31 (09/02) - Entrevista com os universitários
Dia 32 (10/02) - Aula
Dia 33 (11/02) - Feriado
Dia 34 (12/02) - Aula
Legal :D
ResponderExcluirTudo isso tu pega de memória ou vai fazendo anotações? (ou já tá escrito e vc guarda para dar suspense? hehe)
Yo!
ResponderExcluirResolveu escrever, né? Mas deve ser complicado mesmo de conciliar os horários, ainda mais que tá se aproximando do fim.
E esse é o tipo de passeio que eu não poderia fazer pq não sei andar de bike...:B (aventura FAIL)
Cara, eu estava de férias. Cheguei a pouco, e passei os últimos 50 minutos vendo tuas fotos, uma a uma.Imagino quando tu voltar, e tentar explicar essas coisas "inexplicaveis" que tu viu. Tudo muito massa cara. Curte ai. E se puder me traz uma pena de corvo. Abraço.
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