sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Japão 2010 - Dia 06 (16/01) - Kaiyukan e Roda Gigante de Tempozan




Primeiro fim de semana! E livre! Fomos dar uma volta pelos outros pontos turísticos de Osaka, que os outros grupos foram ver. Desta vez foi a Cassi, o Marcos e a Alana (Canadá). Aliás, esse é o grupo de sempre, tirando a Alana. Quando eu vou passear, quase sempre a Cassi vai junto, e o Marcos vai muitas vezes. Infelizmente a Jackie não anda muito conosco. Enfim, começamos com a praia que tem próxima daqui.
É um lugar que era mar antes e foi aterrado aos poucos. O nome “praia” só se aplica aqui por que é aquela parte que designa onde acaba a terra firme e começa a água. Do lado do instituto essa praia de pedras brancas, cercada por um parque comprido, tipo uma mini-redenção, com direito à área pra churrasco e tudo mais. Partimos do parque para o nosso destino turístico, ainda não muito bem definido, íamos resolver isso no trem. Afinal, é cerca de uma hora entre Rinku Town (りんくうタウン), o bairro próximo do instituto, que tem a estação de trem, e Nanba (なんば[sem kanji mesmo]), o “bairro” sul. Escrevo bairro entre aspas por que a organização administrativa aqui do Japão é meio esquisita. Vou explicar rapidinho: O Japão é dividido em 47 prefeituras (都道府県, todoufuken), que funcionam mais ou menos como os estados brasileiros. Cada prefeitura contém uma série de municípios, divididos em Cidade Grande (, shi), Cidade Pequena (, chou) e Vilarejo (, mura), classificados de acordo com a sua população. Além disso, existe a classificação de Distrito (, gun), que é maior que uma cidade e menor que uma prefeitura. Na verdade o Distrito é uma coleção de cidades pequenas ou vilarejos. Dentro das cidades, o “nome” de cada bairro varia, recebendo a terminação apropriada. Pode ser ku (), machi ou chou () e algumas vezes ooaza (大字), aza (), ou koaza (小字). Em seguida, chegamos no nível dos distritos municipais (丁目, choume), das quadras (番地, banchi) e números das casas (, gou), numerados por ordem de construção (ou seja, não tá em ordem). Então, como exemplo, segue o meu endereço:

598-0093
大阪府泉南郡田尻町りんくうポート北3-14

Código Postal 598-0093
Osaka-fu, Sennan-gun, Taijiri-chou, Rinku Port Kita 3-14


Ah, as ruas não têm nomes aqui. Legal não? Bueno, voltemos ao relato. Com um pouco mais de expertise em andar de trem, seguimos para a capital, Osaka-shi (大阪市). Compramos uma revista com um, como diria a Lee-loo do Quinto Elemento, passe múltiplo, válido para o dia. Dessa forma poderíamos nos perder de trem à vontade, pois o uso é livre com esse passe. Da plataforma de embarque, entre os prédios locais, deu pra ver um casamento em estilo ocidental em plena hora do beijo da noiva! =) A chegada do trem interrompe o breve momento vouyer em que estávamos. Infelizmente tínhamos saído tarde e já era hora do almoço quando chegamos. O lado bom (e ruim) das cidades grandes aqui do Japão, é que tem muita variedade de tudo! Pra quem conhece não tem problema, mas para nós, turistas, a situação complica um pouco. Andamos por aí um pouco e encontramos um Kaitenzushi (回転寿司) em uma das ruas principais. O Kaitenzushi é uma loja especializada em sushi do tipo nigiri (握り寿司), que é aquele que parece um bolinho de arroz com peixe cru em cima. Quase sempre tem hosomaki (細巻), que é o tipo mais conhecido de sushi (aquele com alga por fora), e algumas outras coisinhas. Algumas lojas tem o-sake (お酒, bebida alcoólica genérica, não o Saquê, que se chama Nihonshu [日本酒]) e Soft Drinks (ソフトドリンク, que são as bebidas não-acoólicas [café, refri etc]), mas a maioria só tem água e chá. Chá verde tradicional (日本茶), nada de chazinho de camomila ou de funcho. ^^ O sushi (normalmente duas unidades) fica num prato colorido, girando numa esteira. Quando o sushi que o cidadão quer comer passa, pega o prato. O valor varia de acordo com a cor do prato. É bem interessante! Fiz um vídeo ou dois, posto assim que der. Saciada a vontade de comer um autêntico sushi, seguimos o baile passeando pelas ruas de Nanba. Acho que a gente tava no início de Den Den Town, que é o bairro dos eletrônicos de Osaka, quando nos empolgamos um pouco com as lojas. Acho que eu já disse algumas vezes, mas tem de TUDO por aqui! É realmente impressionante! Era quase quatro horas da tarde quando nos demos conta que não tínhamos usado quase nada do nosso passe múltiplo. Resolvemos ir pra Umeda (梅田), para que o Marcos e a Alana fossem conhecer o Sky Building. Nesse meio tempo, eu e a Cassi fomos na famosa Yodobashi Kamera, que é um depaato (loja de departamento) de eletrônicos, contando com um andar só pra pcs, um pra vídeo-games, um pra câmeras... Aí começou a minha tortura, pois já estava 100% decidido em comprar uma câmera para mim (75% pc, 70% DSi (LL), 60% Play 3 e 55% Dicionário Eletrônico) e não tinha como escolher. Acabei não levando nada.  Feito isso, seguimos para o nosso próximo destino, o Osaka Kaiyukan Aquarium (海遊館). Localizado na Baía de Osaka, contém cerca de 35000 animais aquáticos em 14 tanques, incluindo golfinhos, um tubarão-baleia (fiz vídeo também!) e arraias gigantes. É o segundo maior aquário do mundo, perdendo somente para o Geórgia Aquarium. E lá é muuuuito legal. (Por enquanto, tudo é muito legal por aqui =P) Não sou muito fã de zoológicos ou outros mostruários de bichos, mas esse foi bem bacana. Seguimos para o último andar, e fomos descendo pelos tanques. Cada um mostrava um bioma de uma determinada região do planeta, geralmente visto em corte. Simplesmente tinha tudo que é tipo de bicho aquático que se pode imaginar. Tinha até bichos não aquáticos, como algumas aves, para representar melhor o bioma. Tirei muitas fotos! O lado ruim é que não planejamos direito o dia, então a gente teve que ver tudo meio correndo, para poder dar tempo. Avançamos até a região das medusas e por fim saímos. Tinha uma área de shopping próxima, mas não tínhamos muita noção de horário de trem pra volta, resolvemos voltar. Isso foi antes da gente ver a Roda Gigante de Tempozan Harbor Village. Trata-se de uma roda de 112,5 metros de altura, que foi a maior do mundo entre 97-99. E como já estávamos ali e estava aberto, já que lá ta, que lateje, não? =] Não curto muito altura, mas fui mesmo assim. Lá de cima deu pra ver toda a baía, as montanhas de Ikoma e Rokko, as pontes da cidade e o Aeroporto Internacional de Kansai (por onde vim para o Japão). A roda também fornece previsão do tempo para os habitantes, de acordo com as luzes. Não prestei atenção nisso na hora, e também só fui descobrir depois. Enfim, iniciamos a jornada de volta.
Como chegaríamos no instituto com o refeitório fechado, comemos em Nanba, no mesmo lugar do dia anterior. Isso por que eu descobri que adoro Katsudon (カツ丼)! Bom é que o pessoal gostou também. A volta foi bem tranqüila, pois todos estavam cansados. Tirando eu, claro, que não calei a boca. =) Mas percebi que o pessoal tava afim de descansar e fui (tentar) ler os panfletos que peguei durante o dia nas lojas de eletrônicos. Chegando no instituto, coloco a tv no teleshop de novo e vamos ao merecido sono.


Nos próximos episódios:

Dia 07 (17/01) – De bike na vila e no templo
Dia 08 (18/01) – Primeiro dia de Aula
Dia 09 (19/01) – Aula e Wadaiko
Dia 10 (20/01) – Aula
Dia 11 (21/01) – Aula, Aikido e Aniversário
Dia 12 (22/01) – Aula e Kabuki
Dia 13 (23/01) – Home Visit
Dia 14 (24/01) – Omochitsuki e Tameshigiri
Dia 15 (25/01) – Aula
Dia 16 (26/01) – Aula
Dia 17 (27/01) – Tóquio 1/3 – Asakusa e Torre de Tóquio
Dia 18 (28/01) – Tóquio 2/3 – Andanças
Dia 19 (29/01) – Tóquio 3/3 – Panasonic e Odaiba

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