Primeiro fim de semana! E livre! Fomos dar uma volta pelos outros pontos turísticos de Osaka, que os outros grupos foram ver. Desta vez foi a Cassi, o Marcos e a Alana (Canadá). Aliás, esse é o grupo de sempre, tirando a Alana. Quando eu vou passear, quase sempre a Cassi vai junto, e o Marcos vai muitas vezes. Infelizmente a Jackie não anda muito conosco. Enfim, começamos com a praia que tem próxima daqui.
É um lugar que era mar antes e foi aterrado aos poucos. O nome “praia” só se aplica aqui por que é aquela parte que designa onde acaba a terra firme e começa a água.
Do lado do instituto essa praia de pedras brancas, cercada por um parque comprido, tipo uma mini-redenção, com direito à área pra churrasco e tudo mais. Partimos do parque para o nosso destino turístico, ainda não muito bem definido, íamos resolver isso no trem. Afinal, é cerca de uma hora entre Rinku Town (
りんくうタウン), o bairro próximo do instituto, que tem a estação de trem, e Nanba (
なんば[sem kanji mesmo]), o “bairro” sul. Escrevo bairro entre aspas por que a organização administrativa aqui do Japão é meio esquisita. Vou explicar rapidinho: O Japão é dividido em 47 prefeituras (
都道府県,
todoufuken), que funcionam mais ou menos como os estados brasileiros. Cada prefeitura contém uma série de municípios, divididos em Cidade Grande (
市,
shi), Cidade Pequena (
町,
chou) e Vilarejo (
村,
mura), classificados de acordo com a sua população. Além disso, existe a classificação de Distrito (
郡,
gun), que é maior que uma cidade e menor que uma prefeitura. Na verdade o Distrito é uma coleção de cidades pequenas ou vilarejos. Dentro das cidades, o “nome” de cada bairro varia, recebendo a terminação apropriada. Pode ser
ku (
区),
machi ou
chou (
町) e algumas vezes
ooaza (
大字),
aza (
字), ou
koaza (
小字). Em seguida, chegamos no nível dos distritos municipais (
丁目,
choume), das quadras (
番地,
banchi) e números das casas (
号,
gou), numerados por ordem de construção (ou seja, não tá em ordem). Então, como exemplo, segue o meu endereço:
〒598-0093
大阪府泉南郡田尻町りんくうポート北3-14
Código Postal 598-0093
Osaka-fu, Sennan-gun, Taijiri-chou, Rinku Port Kita 3-14
Ah, as ruas não têm nomes aqui. Legal não? Bueno, voltemos ao relato. Com um pouco mais de
expertise em andar de trem, seguimos para a capital, Osaka-shi (
大阪市). Compramos uma revista com um, como diria a Lee-loo do Quinto Elemento, passe múltiplo, válido para o dia. Dessa forma poderíamos nos perder de trem à vontade, pois o uso é livre com esse passe. Da plataforma de embarque, entre os prédios locais, deu pra ver um casamento em estilo ocidental em plena hora do beijo da noiva! =) A chegada do trem interrompe o breve momento
vouyer em que estávamos. Infelizmente tínhamos saído tarde e já era hora do almoço quando chegamos. O lado bom (e ruim) das cidades grandes aqui do Japão, é que tem muita variedade de tudo! Pra quem conhece não tem problema, mas para nós, turistas, a situação complica um pouco.
Andamos por aí um pouco e encontramos um
Kaitenzushi (
回転寿司) em uma das ruas principais. O
Kaitenzushi é uma loja especializada em
sushi do tipo
nigiri (
握り寿司), que é aquele que parece um bolinho de arroz com peixe cru em cima. Quase sempre tem
hosomaki (
細巻), que é o tipo mais conhecido de
sushi (aquele com alga por fora), e algumas outras coisinhas. Algumas lojas tem
o-sake (
お酒, bebida alcoólica genérica, não o Saquê, que se chama
Nihonshu [
日本酒]) e
Soft Drinks (
ソフトドリンク, que são as bebidas não-acoólicas [café, refri etc]), mas a maioria só tem água e chá. Chá verde tradicional (
日本茶), nada de chazinho de camomila ou de funcho. ^^ O
sushi (normalmente duas unidades) fica num prato colorido, girando numa esteira. Quando o
sushi que o cidadão quer comer passa, pega o prato. O valor varia de acordo com a cor do prato. É bem interessante! Fiz um vídeo ou dois, posto assim que der. Saciada a vontade de comer um autêntico
sushi, seguimos o baile passeando pelas ruas de
Nanba. Acho que a gente tava no início de
Den Den Town, que é o bairro dos eletrônicos de Osaka, quando nos empolgamos um pouco com as lojas. Acho que eu já disse algumas vezes, mas tem de TUDO por aqui! É realmente impressionante! Era quase quatro horas da tarde quando nos demos conta que não tínhamos usado quase nada do nosso passe múltiplo. Resolvemos ir pra
Umeda (
梅田), para que o Marcos e a Alana fossem conhecer o
Sky Building. Nesse meio tempo, eu e a Cassi fomos na famosa
Yodobashi Kamera, que é um
depaato (loja de departamento) de eletrônicos, contando com um andar só pra pcs, um pra vídeo-games, um pra câmeras... Aí começou a minha tortura, pois já estava 100% decidido em comprar uma câmera para mim (75% pc, 70% DSi (LL), 60% Play 3 e 55% Dicionário Eletrônico) e não tinha como escolher. Acabei não levando nada. Feito isso, seguimos para o nosso próximo destino, o Osaka Kaiyukan Aquarium (
海遊館). Localizado na Baía de Osaka, contém cerca de 35000 animais aquáticos em 14 tanques, incluindo golfinhos, um tubarão-baleia (fiz vídeo também!) e arraias gigantes.
É o segundo maior aquário do mundo, perdendo somente para o Geórgia Aquarium. E lá é muuuuito legal. (Por enquanto, tudo é muito legal por aqui =P) Não sou muito fã de zoológicos ou outros mostruários de bichos, mas esse foi bem bacana. Seguimos para o último andar, e fomos descendo pelos tanques. Cada um mostrava um bioma de uma determinada região do planeta, geralmente visto em corte. Simplesmente tinha tudo que é tipo de bicho aquático que se pode imaginar. Tinha até bichos não aquáticos, como algumas aves, para representar melhor o bioma. Tirei muitas fotos! O lado ruim é que não planejamos direito o dia, então a gente teve que ver tudo meio correndo, para poder dar tempo. Avançamos até a região das medusas e por fim saímos. Tinha uma área de shopping próxima, mas não tínhamos muita noção de horário de trem pra volta, resolvemos voltar. Isso foi antes da gente ver a Roda Gigante de Tempozan Harbor Village. Trata-se de uma roda de 112,5 metros de altura, que foi a maior do mundo entre 97-99. E como já estávamos ali e estava aberto, já que lá ta, que lateje, não? =] Não curto muito altura, mas fui mesmo assim. Lá de cima deu pra ver toda a baía, as montanhas de Ikoma e Rokko, as pontes da cidade e o Aeroporto Internacional de Kansai (por onde vim para o Japão). A roda também fornece previsão do tempo para os habitantes, de acordo com as luzes. Não prestei atenção nisso na hora, e também só fui descobrir depois. Enfim, iniciamos a jornada de volta.
Como chegaríamos no instituto com o refeitório fechado, comemos em
Nanba, no mesmo lugar do dia anterior. Isso por que eu descobri que adoro
Katsudon (
カツ丼)! Bom é que o pessoal gostou também. A volta foi bem tranqüila, pois todos estavam cansados. Tirando eu, claro, que não calei a boca. =) Mas percebi que o pessoal tava afim de descansar e fui (tentar) ler os panfletos que peguei durante o dia nas lojas de eletrônicos. Chegando no instituto, coloco a tv no teleshop de novo e vamos ao merecido sono.
Nos próximos episódios:
Dia 07 (17/01) – De bike na vila e no templo
Dia 08 (18/01) – Primeiro dia de Aula
Dia 09 (19/01) – Aula e Wadaiko
Dia 10 (20/01) – Aula
Dia 11 (21/01) – Aula, Aikido e Aniversário
Dia 12 (22/01) – Aula e Kabuki
Dia 13 (23/01) – Home Visit
Dia 14 (24/01) – Omochitsuki e Tameshigiri
Dia 15 (25/01) – Aula
Dia 16 (26/01) – Aula
Dia 17 (27/01) – Tóquio 1/3 – Asakusa e Torre de Tóquio
Dia 18 (28/01) – Tóquio 2/3 – Andanças
Dia 19 (29/01) – Tóquio 3/3 – Panasonic e Odaiba
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